Companhias aéreas faturam US$ 27 bilhões com extras

mariana barbosa

A redução no preço das passagens aéreas tem sido acompanhada por uma boa dose de criatividade por parte das companhias aéreas para inventar receitas extras.

Primeiro veio a cobrança pela segunda bagagem. Depois, extra pra reservar assento com espaço maior entre as pernas, cobrança por comida, venda de milhas…

Um estudo da consultoria IdeaWorks Co, que justamente ajuda companhias aéreas a encontrar novas formas de cobrar, mostra que no ano passado as receitas auxiliares de 53 companhias aéreas totalizaram US$ 27,1 bilhões.

Em 2008, quando as receitas auxiliares estavam começando a surgir, 23 companhias arrecadaram US$ 2,45 bilhões.

A campeã de faturamento em receitas auxiliares é a americana United, com US$ 5,35 bilhões, ou 14,4% do total das receitas da companhia. Pouco mais da metade disso foi venda de milhas para parceiros.

As companhias low cost, como Ryan Air e Easy Jet, chegam a obter 20% ou mais das receitas com esses extras.

No Brasil, os extras já representam 7,2% das receitas da Gol, ou US$ 276,8 milhões.

Entre outras coisas, a companhia vende lanche a bordo, reserva assento conforto com poltrona do meio livre e vende de milhas. Recentemente, a Gol também lançou o Clube Smiles, pelo qual você paga mensalidade de R$ 30 e recebe 1.000 milhas por mês, entre outros benefícios.

Já o grupo Latam faturou US$ 500 milhões com extras, ou 5% do faturamento total. Entre outros adicionais, a TAM oferece o Espaço +, uma reserva de assento na primeira fileira ou na saída de emergência, em que o espaço para as pernas é maior.

Uma das explicações para essa estratégia das companhias é a alta dos custos. Segundo a Boeing, os custos das companhias aéreas, com combustíveis e outros, aumentaram 4 vezes na última década: saltaram de US% 15 bilhões para US$ 65 bilhões.

O estudo da IdeaWorks usa dados de balanço das companhias referentes ao ano de 2012. Esse post foi feito a partir de uma dica de Respício do Espírito Santo Jr.