Integração de aeronautas da Azul e da Trip é suspensa

mariana barbosa

O processo de integração dos tripulantes da Azul e da Trip foi suspenso ontem, depois de quatro meses de uma intensa queda de braço entre empresa e trabalhadores.

A integração da tripulação — cerca de 3.500 pilotos e comissários — é a última etapa que falta na integração das duas empresas e que resultará no fim da marca Trip. A proposta da empresa foi rejeitada em assembleia na segunda-feira.

Na visão dos trabalhadores, a proposta reduziria a remuneração dos tripulantes da Trip em meses de baixa atividade.

A fusão das duas empresas foi anunciada em maio de 2012. A última aprovação regulatória foi dada pela Anac na segunda-feira, quando as duas empresas passaram a poder operar como uma única empresa, usando a mesma certificação (Certificado de Operador Aéreo).

Em carta aos tripulantes divulgada ontem, a direção da empresa lamenta a decisão e afirma que nas próxima semanas vai avaliar “os impactos desta decisão nos planos de negócios das empresas”.

A disputa está relacionada com o plano de carreira, remunerações fixas e variáveis e também benefícios. Os tripulantes da Trip são na maioria mais antigos e ganham mais do que os da Azul.

Ontem na empresa o clima era de incerteza e de rumores de que os trabalhadores da Trip poderiam vir a ser demitidos. Procurada, a Azul disse que não iria comentar sobre eventuais demissões. A empresa disse apenas que, neste momento, está ainda avaliando o que fazer diante do impasse.

Abaixo a íntegra da carta empresa aos aeronautas: