Cai número de acidentes aéreos no Brasil; aviação geral ainda é a vilã

Ricardo Gallo
Acidentes aéreos (fonte: Cenipa/Aeronáutica)
Acidentes aéreos (fonte: Cenipa/Aeronáutica)

* Atualizado às 15h20

O número de acidentes aéreos no Brasil caiu 8,4% em 2013, na comparação com 2012.

Foram 163 acidentes, 15 a menos que em 2012, segundo dados do Cenipa, órgão da Aeronáutica responsável por apurar e prevenir acidentes aeronáuticos.

Esses acidentes causaram 72 mortes no ano passado, seis a menos do que no ano anterior.

O grande vilão da aviação brasileira continua a ser a aviação geral –os aviões particulares e/ou jatos executivos e helicópteros. Essa categoria sofreu 145 dos 163 acidentes, ou 89% do total.

Explica-se: é a categoria mais invisível de todas, menos fiscalizada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e, em consequência, mais sujeita a desvios de procedimento que podem resultar em acidente. Há casos de avião com excesso de carga, pilotos com habilitação vencida, entre outros.

Outros 17 acidentes (10%) ocorreram com táxis aéreos.

Houve um único acidente aéreo com empresas de aviação regular (empresas como TAM, Gol, Azul e Avianca, entre outras), segundo o Cenipa.

Foi o caso de um Airbus A330 da TAM que enfrentou turbulência severa ao voltar de Madri rumo a São Paulo, o que fez 15 pessoas se ferirem e obrigou a aeronave a pousar em Fortaleza, em 2 de setembro.

O caso foi considerado acidente porque houve uma pessoa que se feriu gravemente.

Segundo a Aeronáutica, o índice de acidentes por milhão de horas voadas em 2013 foi de 0,36, inferior ao de 2012 (0,72) e de 2011 (1,13).