Virgin estreia na América do Sul com voo São Paulo-Londres
O mercado de voos ligando o Brasil a Londres segue aquecido. Neste mês em que a subsidiária britânica da low-cost norueguesa Norwegian começa a operar a rota Rio-Galeão – Londres-Gatwick, outra companhia britânica anunciou o início das operações no Brasil.
É a Virgin Atlantic, que divulgou nesta quarta-feira (20) seu primeiro voo para a América do Sul, entre São Paulo-Guarulhos e Londres-Heathrow. O início da operação, diária, está previsto para 2020.
Os voos serão realizados com um Boeing 787-9, no esquema de 31 assentos na executiva (chamada Upper Class), 35 na Premium Economy e 192 na econômica tradicional.
A nova opção de voo ligando o Brasil a Londres tende a movimentar esse mercado, que até pouco tempo atrás contava apenas com a tradicional British Airways.
No próximo dia 31, a Norwegian inaugura o voo Galeão-Gatwick, com preços agressivos que podem chegar à metade dos praticados pela British.
Apesar de não se definir como low-cost, a Virgin Atlantic pratica preços menores que a centenária British, que nos últimos anos vem sofrendo com críticas em pesquisas de satisfação pela queda no padrão do serviço de bordo e tarifas pouco competitivas. A cobrança pelo saquinho de chá em voos domésticos revoltou os britânicos.
Enquanto isso, a Virgin vem expandindo sua malha internacional desde Heathrow, o maior aeroporto de Londres. Além da capital paulista, Las Vegas (EUA) e Tel Aviv (Israel) foram anunciados como novos destinos da empresa.
Em meio a essa expansão, a companhia deve receber até o fim deste ano 4 dos 12 Airbus A350-1000 que encomendou. Trata-se da versão estendida do jato mais moderno da Airbus atualmente.
A Virgin nasceu em 1984 com foco no segmento transatlântico entre EUA e Reino Unido, fundada pelo bilionário Sir Richard Branson, que também criou o selo de música Virgin Records e a empresa de foguetes e satélites Virgin Orbit, última aventura do empresário que tem, segundo a Forbes, uma fortuna de US$ 5,1 bilhões (R$ 19,1 bilhões).
Hoje a Virgin Atlantic tem 49% das ações nas mãos da Delta, com quem se aliou em uma joint-venture para fortalecer a malha América-Europa e fazer concorrência à aliança American Airlines-British.
Recentemente, 31% das ações da Virgin Atlantic foram para o grupo Air France-KLM, e uma nova joint-venture entre os três grupos aguarda o sinal verde dos reguladores europeus.
Em uma joint-venture, as companhias trabalham em conjunto ao planejar a malha de horários, frequência de voos, rotas e tarifas.